Bossas sob um céu zangado

Durante a primeira metade do século XX, Timóteo Chamusca, português que cedo emigrou para o agreste sertão brasileiro, aí construiu, ao longo de vários anos, uma vistosa fazenda que despertou a cobiça do influente coronel Tarciso Fogacho, homem com as costas bem guardadas por jagunços, inclusive, pelo lendário jagunço Abelardo Bang‑Bang que, fazendo fé na lenda, até moscas matava a tiro de pistola. A persistente recusa de o português aceitar as ofertas de compra vindas do poderoso coronel, gerou graves desentendimentos que originaram um violento tiroteio envolvendo bastantes jagunços, e, o português, vencido na contenda, viu‑se obrigado sob ameaça de morte a vender a sua fazenda ao coronel Tarcíso Fogacho, homem guloso por terras. Receando pela vida, Timóteo Chamusca regressou a Portugal, onde construiu uma casa num lugar paradisíaco a que deu o nome de Bossas, por se situar num vale ladeado por duas montanhas gémeas que se assemelhavam às bossas de um camelo. O lugar foi‑se engordando de casas, dando origem à aldeia de Bossas. A‑Arca‑Das‑Consolações era a única taberna plantada na aldeia e tornou‑se naturalmente o centro da vida social temperada com personagens incomuns como: o Procurador‑De‑Cores e o Homem‑Sorriso. Foi neste lugarejo que cresceu o miúdo Belarmino Pouco, abandonado pela mãe, mulher fervilhante de mais para um lugar tão quieto. Este abandono baralhou a vida do pai que, de desgosto, deixouse afogar numa maré de bagaços. Como terá Belarmino Pouco suportado esta dupla perda? Terá voltado a conviver com a sua sumida mãe? Quem sabe? O que se sabe é que o austero Timóteo Chamusca, fundador do lugarejo, deixou, pouco antes de o seu cansado coração ter desistido de batucar, uma carta dirigida a todos os bossenses com regras precisas a serem cumpridas, e que, se quebradas, fá‑lo‑iam regressar do alémmundo para os punir, servindo‑se das brutais forças da natureza. Depois… ugar

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Joaquim Major nasceu no dia 7 de setembro de 1958 em Moçâmedes, cidade situada no litoral sul de Angola e pertencente à província do Namibe, onde viveu até aos 17 anos de idade.

Em 1975, um ano após a revolução dos cravos, fugiu com a família à guerra civil, veio refugiar‑se em Portugal, fixando‑se desde então na cidade de Águeda.

Os estudos superiores iniciados em Angola, no Instituto Comercial de Sá da Bandeira (atualmente Lubando), veio concluí‑los em Aveiro, onde se licenciou em Contabilidade e Auditoria pelo Instituto Superior de Contabilidade e Administração de Aveiro – UA.

Em 2014 publicou o seu primeiro livro, Cordões a duas cores.

Dimensões (C x L x A)200 × 200 cm
Código de Barras

9789898888235

Escritor

Major, Joaquim

Editora

ALFARROBA

Encadernação

Outro formato livro

Páginas

184

Idioma

Português

Idade Mínima Recomendada

NOVELA

Ano de Publicação

31-08-2018

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